31.1.10

Se Jesus fosse vendedor...

Se Jesus fosse vendedor...
Se Jesus fosse vendedor Ele visitaria pessoas e não clientes.Ele pensaria no coração, não no bolso.
Se Jesus fosse vendedor...
Se Jesus fosse vendedor Ele só usaria uma só técnica de venda: o Amor.

Se Jesus fosse vendedor...
Se Jesus fosse vendedor Ele encantaria pela missão, não pela comissão.

Se Jesus fosse vendedor...
Se Jesus fosse vendedor Ele trataria as pessoas não como fichas, números ou talões de pedidos...
Se Jesus fosse vendedor Ele ofereceria pós-vida e não pós-venda.

Se Jesus fosse vendedor...
Se Jesus fosse vendedor Ele visitaria para beneficiar, não para faturar.

Se Jesus fosse vendedor...
Se Jesus fosse vendedor Ele não teria medo de fracassar, pois a confiança em Deus joga o medo por terra...
Se Jesus fosse vendedor Ele transformaria consumidores em adeptos e clientes em fiéis e fidelizar é ter resultados...

Se Jesus fosse vendedor...
Se Jesus fosse vendedor seus produtos seriam o Caminho, a Verdade e a Vida.

Mas acontece que Jesus nunca foi vendedor. E sabe por quê? Para que, com Ele, eu me tornasse o melhor vendedor do Mundo.

MAURÍCIO GOIS
É palestrante nas áreas de motivação, vendas, gerência e desempenho de alto impacto.
Site: www.mauriciogois.com.br
E-mail: contato@mauriciogois.com.br

28.1.10

3 Fases do quebrantamento



Eiiiiiiii, você quer um pouco do meu café ? grita o mendigo para um pastor pela manhã.

O pastor questiona o mendigo :

Por que me oferece café ?(Imaginando os interesses do pobre coitado, por trás de tal atitude).

O mendigo responde:

Por que o que é bom para gente, deve ser repartido com os outros, e esse café é o melhor que já tomei em toda minha vida!

Primeira fase do quebrantamento : Aprender a receber.

Logo em seguida, o pastor constrangido pergunta ao mendigo:

De que forma posso ajudá-lo ? (Achando ainda que o pobre coitado estava com segundas intenções).

O mendigo responde :

Me dando um abraço. Já recebi esmolas, já tomei o melhor café da minha vida, mas não recebi nenhum abraço hoje!

Segunda fase do quebrantamento : Aprender a verdadeira essência da vida.

Diante disso, o pastor se sente envergonhado e pensa :

Ai, ai, ai, vou ter que abraçar esse sujeito , depois de tudo que me disse.

Desconcertado , o pastor se aproxima do mendigo, e lhe abraça com um certo receio.

Mas de repente, o abraço forçado se torna um abraço divino, após o Espírito ter dito a consciência do pastor :

“Quando tive fome, me deste de comer. Quando tive sede, me deste de beber. Quando pedi um abraço, me deste um abraço verdadeiro”.

Terceira fase do quebrantamento : Silêncio... nada que possa ser dito explica o amor de Cristo.

Depois de ter abraçado o mendigo durante 10 minutos ( já sem vergonha alguma) , o pastor tira

um trocado do bolso e dá ao pobre homem, se despedindo feliz da vida.

Constrangído por um café, contrito por uma verdade e amado por um abraço, o pastor

diz:

O quebrantamento natural nos faz ter um gostinho do céu!

Nelson Costa
 

27.1.10

PERDÃO! TÃO DIFÍCIL DE SE DAR, MAS TÃO LIBERTADOR QUANDO SOMOS CAPAZES DISSO...

Não é fácil perdoar


Por Ruy Cavalcante

Como é difícil para o cristão de hoje perdoar. Não conseguimos sequer perdoar o irmão que pecou contra si mesmo, quanto mais se o pecado dele nos afetar diretamente. Quantos são desprezados dentro de nossas igrejas por haverem caído, por errar o alvo, sem chance de se levantar, a não ser sozinhos.

Inconscientemente achamos que seremos culpados de cumplicidade com o pecado caso sejamos suporte para um irmão pecador e, na prática, é isso que o restante da igreja pensa. Usamos todo o tipo de desculpa para não perdoar ou então perdoamos submetendo à pessoa a todo tipo de regra e condição para receber tão esperado perdão. Criamos até mesmo um chavão para perdoar: “Você está perdoado, mas as coisas nunca mais serão como antes...”.

Pobre de nós, infelizes pecadores. Mal sabemos que poderemos ser os próximos a sofrer esse desprezo. Não percebemos que poderemos estar perto da mesma queda, e se isso acontecer estaremos também sozinhos, presos pelo arrependimento, mas sem a chave do perdão para nos livrar.





Todos nós conhecemos alguns exemplos de perdão como os do vídeo acima, narrados na música do grupo Ao Cubo ou encarnado no exemplo de vida dos pais do menino Ives, modelos radicais como estes, porém, em sua maioria são vividos por pessoas que não professam ser discípulos de Cristo. Que vergonha! Até mesmo os gentis são capazes de perdoar, mas nós, filhos de Deus, perdoados e salvos por Cristo, relutamos em perdoar até mesmo a menor das ofensas...

Só existe um modelo para o perdão, o modelo de Cristo, e só existe um motivo para o cristão não perdoar seu irmão: não ser Cristão.

Reflita sobre o perdão e exercite-o, a sua vida depende disso.



***
Fonte: Intervalo Cristão. Divulgação: Púlpito Cristão

QUER TER A MENTE DE CRISTO? QUER ENTENDER O EVANGELHO?


“E o Verbo Se fez carne”. Logos é a Palavra racional, é o pensamento de Deus que ficou com um metro e noventa, um metro e oitenta, altura de Jesus, nariz de Judeu, cabelo de Judeu, carne, sangue, pele, voz, sotaque, VIDA.

Quer entender a mente de Cristo e o Evangelho?
Veja como Ele tratou à prostituta, diferente dos pastores evangélicos.
Veja como Ele trata o poderoso;
Veja como Ele trata o rico;
Veja como Ele trata o que tem;
Veja como Ele trata o que não tem;
Veja como Ele trata o humilhado, o arrogante, o quebrantado e o endurecido.
Veja como Ele trata dinheiro, veja como Ele trata dinheiro nenhum;
Veja como Ele trata o ter e o não ter, o comer e o não comer;
Veja como Ele trata a tentação, a política, o desprezado, o excluído.
Veja como Ele trata a vida, o passarinho, a erva do campo, os sinais no céu, o por do sol, a chuva.
Veja como Ele trata o campo do iníquo e o campo do bom.
Veja como ele trata a VIDA.

VÁ PRO EVANGELHO que você entenderá os caminhos de Deus e os Seus pensamentos.
E como eu, descobrirá que a religião não se parece com Jesus Cristo de Nazaré, mas é a cara do diabo.

Entenderá de uma vez e para sempre que o simples fato de se usar um xará cujo som do seu nome é o mesmo que o de Jesus, não significa absolutamente nada. Pois para ser de Jesus Cristo de Nazaré é necessário andar em Seus passos, do contrário é tão somente estelionato e usurpação das letras J.E.S.U.S. a favor do que NÃO É EVANGELHO NEM ENSINO DE JESUS CRISTO.

A cristandade está acostumada, condicionada, doutrinada a aceitar mentiras e abusos se vierem em nome de Jesus, acontece que apesar do som deste nome ser parecido, ele está divorciado, separado radicalmente da pessoa de Jesus Cristo de Nazaré, portanto é tão somente um GIZUIS, um diabo se fazendo de anjo de luz.

Abra os olhos!

Cláudio

26.1.10

O livre-arbítrio é bíblico? Postado por Clóvis


Num dos grupos que participo, alguém postou parte de um artigo do Pr. Ciro Sanches Zibordi em defesa do livre-arbítrio. O que segue é meu comentário, postado no grupo e reproduzido aqui para apreciação.


- \o/ -


Não gosto de responder a argumentos de quem não está no grupo, pois não se dá a oportunidade da pessoa contra-argumentar ou até mesmo esclarecer algum ponto mal entendido de suas palavras. Mesmo assim, vou comentar o seu post e publicar em meu blog, indicando ao autor caso queira se manifestar a respeito.

Não conheço o autor do artigo e escrevo sem atacar a sua pessoa, pois se o fizesse estaria pecando por falar mal de quem sequer conheço e suponho seja um homem de Deus, levantado para apascentar um rebanho do Senhor.

Portanto, no que segue nada há de pessoal. Sendo assim, começo dizendo que o autor foi infeliz, ao começar o artigo dizendo que "certos irmãos predestinalistas tem zombado de quem crê na doutrina do livre-arbítrio", que "o que eles mais gostam de fazer é ridicularizar os seus irmãos" e que eles "chegam ao ponto de crer mais em Calvino que no Senhor Jesus". Generalizações são sempre ruins, pois há excesso e desrespeito de ambos os lados, mas não representam os santos que tem discordado amorosamente, buscando na Palavra de Deus uma compreensão mais clara sobre este importante e controvertido assunto.

O autor declara "você não entende o livre-arbítrio? Mas ele é bíblico!" e afirma mais adiante que "o livre-arbítrio é uma verdade bíblicocêntrica e cristalina". São afirmações fortes, e grandes declarações requerem provas robustas. Mas antes mesmo de considerar as provas apresentadas, convém deixar claro que o livre-arbítrio não é e nunca foi uma verdade central na escritura. Cristo é o centro da Bíblia, e se fôssemos comparar, a doutrina da soberania divina é sim presente na Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. O termo livre-arbítrio, um sinônimo ou mesmo a idéia de livre-arbítrio jamais ocorre na Bíblia.

Nem tudo o que o autor diz em seu texto contraria o que eu creio. Além dos conselhos dados no final da mensagem, concordo plenamente quando ele diz que "foi Deus quem dotou o ser humano da livre-vontade (Gn 3)". Aliás todos os calvinistas que eu conheço ou tive oportunidade de ler crêem que o homem foi dotado de livre-arbítrio na criação.

As divergências começam quando, o autor afirma "mesmo depois da Queda, e os efeitos deletérios advindos dela, o ser humano continuou com esse atributo (Dt 30.19; Is 1.18,19)". Antes de analisar esta declaração, convém definir o que é livre-arbítrio e o que não é.

Livre-arbítrio é a capacidade de todo pecador de escolher igualmente entre a salvação e a perdição, entre crer e descrer de Cristo. Não creio que o homem tenha essa capacidade. Mas livre-arbítrio não é, como confundem alguns, vontade, liberdade ou escolha. Não negamos que o homem tenha vontade, apenas que essa vontade seja naturalmente boa e livre. Não negamos que o homem seja livre, no sentido de que toma decisões livremente, de acordo com a sua natureza; apenas afirmamos que sua natureza está corrompida pelo pecado e por isso não decide em favor de Deus. E, finalmente, não negamos que o homem faça escolhas, mas discordamos que tenha poder de fazer boas escolhas espirituais. Em adição, afirmamos que essa incapacidade absoluta do homem é suplantada pela graça invencível do Senhor.

Tendo isso em mente, consideremos as passagens bíblicas colocadas como prova da biblicidade do livre-arbítrio. Mesmo sabendo que isso alonga o texto, prefiro transcrever os textos bíblicos, pois nem sempre o leitor tem uma Bíblia em mãos e pode se esquecer de confirmar as passagens depois. Uma das passagens referenciadas pelo autor diz "os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência" Dt 30:19.

A passagem acima não ensina que o homem tem capacidade de fazer uma boa escolha espiritual, apenas que uma escolha foi posta diante dele. E o que eles escolheram? A história comprova que eles, escolhendo livremente de acordo com sua natureza caída optaram pela morte e maldição. Deus, que não precisa do testemunho da história, já sabia disso, pois disse a Moisés poucos versículos adiante: "eis que estás para dormir com teus pais; e este povo se levantará, e se prostituirá, indo após deuses estranhos na terra para cujo meio vai, e me deixará, e anulará a aliança que fiz com ele" (Dt 31:16). Deus não botava muita confiança no livre-arbítrio daquele povo. Moisés também não, pois acrescentou, dirigindo-se ao povo "porque conheço a tua rebeldia e a tua dura cerviz. Pois, se, vivendo eu, ainda hoje, convosco, sois rebeldes contra o Senhor, quanto mais depois da minha morte?" (Dt 31:27). O resto é história.

Diante de uma escolha, sem nenhuma coerção externa, decidindo de acordo com sua natureza, o povo escolheu pecar. Isto prova um livre-arbítrio capaz de escolher o bem? De jeito nenhum, se prova algo, prova exatamente o contrário.

O outro texto mencionado é "vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra" (Is 1:18-19). Em primeiro lugar, notemos que o versículo fala apenas que aquele que for, quiser e ouvir terá perdão de pecados e comerá do bem da terra. Nada diz sobre uma capacidade inata de ir, querer e ouvir. Outras partes da Bíblia mostram que o pecador não tem essa capacidade em si mesmo.

Mas o mesmo capítulo faz uma descrição do pecador que longe de retratá-lo com capacidade plena de escolher entre uma opção e outra, o mostra como incapacitado pela enfermidade do pecado. Nas palavras do Senhor "toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo" (Is 1:5-6). Se alguém disser que essa condição dele é apenas física e que espiritualmente ele está capacitado a fazer boas escolhas, então o Senhor diz, no mesmo capítulo, "o boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende" (Is 1:3). Se o homem nessa condição tem livre-arbítrio, muito mais o tem bois e jumentos, pois estes conhecem o seu dono, já o pecador não tem conhecimento nem entendimento que o capacite a fazer uma escolha pelo Senhor.

Porém, descuido muito maior o autor do texto teve ao afirmar: "e a condição hoje para a salvação em Cristo é — mediante o livre-arbítrio — arrepender-se e crer no evangelho (Jo 3.16,36; Mc 16.16; At 3.19; Rm 10.9,10; Ap 22.17)". Com essa afirmação, o autor atribui ao livre-arbítrio a capacidade de crer e se arrepender. Mas uma análise das passagens bíblicas referenciadas mostra que essas passagens não provam o que se pretende provar.

No capítulo 3 de João, Jesus diz que "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:36) e que "quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3:36). Nada nessas passagens sequer sugere que o que leva a pessoa à fé é o livre-arbítrio. Tampouco quando diz "quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado" (Mc 16:16) ou ordena "arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados" (At 3:19) o livre-arbítrio é insinuado. De igual modo, a promessa "se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação" (Rm 10:9-10) não requer o livre-arbítrio, tão somente destaca a fé e a confissão como requisitos da salvação. E, finalmente, quando "o Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida" (Ap 22:17) não fala nem sugere que é pelo poder do livre-arbítrio que alguém recebe a água da vida.

Em resumo, em nenhuma dessas passagens é dito que o arrependimento e a fé nascem ou ocorrem mediante o livre-arbítrio. Afirmar isso é impor um sentido que não era a intenção do autor, ou seja, é fazer eis-egese e não ex-egese.

Por outro lado, a Escritura deixa bem claro que tanto o arrependimento como a fé são dons de Deus e não produtos do livre-arbítrio. Inúmeras passagens provam isso. Paulo escreve aos crentes de Éfeso que nós cremos "segundo a eficácia da força do Seu poder" (Ef 1:19) e por isso pode afirmar "pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus" (Ef 2:8). Também aos filipenses ele escreveu "vos foi concedida a graça... de crerdes nEle" (Fp 1:29). Paulo não está inventando moda, pois Jesus já havia dito que "ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido" (Jo 6:65), derrubando assim a presunção de que é mediante o livre-arbítrio que alguém vai a Cristo.

Semelhante coisa pode ser dita do arrependimento, que não é obra de um livre-arbítrio bem utilizado, mas uma graça concedida pelo Senhor. Lucas registrou na segunda parte de seu livro que "também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida" (At 11:18). Paulo repreende aqueles que desprezam "a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" (Rm 2:4). Certamente ele diria algo parecido aos que atribuem ao livre-arbítrio o arrepender-se quando "a tristeza segundo Deus" é que "produz arrependimento para a salvação" (2Co 7:10), ficando na "expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade" (2Tm 2:25).

Em conclusão, podemos ainda invocar o testemunho de Tiago de que "toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes" (Tg 1:17) e não da natureza caída do homem.

Para finalizar, o autor disse "portanto, caro irmão, seja humilde para reconhecer o seu equívoco interpretativo", o que não deixa de ser um excelente conselho. Faço votos de que ele reveja a sua posição e se concluir que equivocou-se na interpretação, tenha humildade para seguir o bom conselho que deu.

Soli Deo Gloria

24.1.10

"Reality Show Gospel": 15 minutos de fama mundana



24/01/2010 por Estrangeira

A tevê foi invadida pelos reality shows, programas onde mostram o dia-a-dia de pessoas comuns ou celebridades, uma espécie de zoológico humano. Na Globo temos o famigerado BBB em sua décima edição, na Record temos o Ídolos e A Fazenda, no SBT o Esquadrão da Moda, e temos até canais por assinatura especializados em reality’s, como o Discovery Home and Health e o People and Arts (confesso que, nesse meu período “preferencial”, tenho assistido a muitos programas sobre bebês e babás, para ver se ganho alguma experiência).

Porém, a novidade do momento em termos de reality shows ocorrerá dia 6 de março na Rede TV, com o Desafio da Música Gospel, uma espécie de Ídolos ou Fama para crentes. Apresentado pelo casal neoevangélico Andréia Sorvetão e Conrado, seguirá o mesmo formato de seus antecessores seculares: provas para qualificação dos candidatos e depois treinos, ensaios, aulas de música que aperfeiçoarão seu dom, culminando em apresentações com caráter eliminatório, onde a cada dia um participante deixará o programa, restando um vencedor final. O programa promete distribuir cerca de R$ 5 milhões em prêmios. Segundo o site O Fuxico, a inscrição de cada participante será de R$ 70,00.

Mas e aí? Algum problema?

Todos.

A questão é: quem estará participando? Simples apreciadores do gênero gospel, ou crentes que adoram a Deus através de sua música? Com certeza, serão crentes, e para esses fica a pergunta: é lícito comercializar com um dom que Deus nos deu para Sua adoração? É lícito buscarmos fama e dinheiro em nome de Deus (pois as músicas a serem cantadas serão em Sua homenagem)? Na Bíblia descobrimos que Deus não divide Sua glória com ninguém. Por que queremos agradar a Deus por um lado, mas buscar glória pessoal por outro?

Outra coisa: como selecionar o melhor “adorador”? Será que cantar afinado e bonito significa estar fazendo o melhor para Deus? E se o quesito em questão é apenas o talento musical, não seria mais honesto deixar o nome de Deus bem longe disso tudo?

Infelizmente, Deus hoje tem sido para muitos apenas meio de se obter privilégios. Seja através da luciferiana teologia da prosperidade, seja através de reality shows gospel, o nome de Deus serve apenas como desculpa para sermos mais abençoados financeiramente, o que nos faz mais amigos do mundo, quando na verdade deveríamos, como povo de Deus, ser estrangeiros nele. Viver nesse mundo não significa adotar os valores desse mundo; ao contrário, Jesus nos chama para ser sal e luz, para dar gosto e iluminar o ambiente, não para aceitarmos passivamente o que nos é apresentado. Porém, mais e mais que se dizem crentes em Cristo O trocam pelas benesses que esse mundo que jaz no maligno pode nos oferecer.

Judas trocou Cristo por 30 moedas de prata. Nós o trocamos pelas bênçãos materiais e pelo sucesso pessoal. Em que nos diferimos? Em nada. Minto. Judas é muito melhor do que nós, pois este pelo menos se arrependeu e tentou devolver as moedas. Já nós, que também nos dizemos seguidores fiéis de Cristo, guardamos cada moedinha e ainda buscamos mais, sempre usando o nome de Deus da forma mais manipuladora possível.

Tenho nojo de artistas gospel, seja cantores ou pregadores. Me dá asco ver celebridades gospel usando do nome de Deus para justificar seus ganhos ilegais, a compra do jatinho particular, a venda de ingressos para que os meros mortais possam assisti-los ao vivo e a cores em congressos e shows, como se fossem popstars e não mensageiros do Evangelho. E pensar que Jesus, nosso exemplo maior, nunca buscou fama ou riquezas, ao contrário, buscava apenas nos mostrar o Pai através Dele. Mas quem hoje quer ver o Pai, se pode ver o crescimento de sua conta bancária particular?

Não temos mais o temor de Deus. Isso mostra que nem amor a Ele temos mais, pois Mamom já tomou conta dos nossos corações. A porta está ficando cada vez mais estreita, e cada vez menos cristãos buscam passar por ela. Por outro lado, Mamom está de braços abertos, distribuindo fama e dinheiro para todos os seus filhos odiados, mas que se sentem amados por ele. Mamom não se importa que lhe chamem de Jesus, o nome a que se dirigem é o de menos, o que realmente importa é o que está no coração, e nosso coração está a cada dia mais cauterizado em adoração ao deus desse mundo que tanto amamos, e no qual queremos ter primazia.

Não sei onde fica a Rede TV, sei que é em São Paulo, e sinceramente gostaria de estar lá, na estréia do programa, com uma faixa a ser estendida (mas que sei que não durará 10 minutos):

“VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES. O $HOW TEM QUE PARAR”.



Deus depois do Haiti: a pedagogia do bagaço


A teologia depois do Haiti precisa mudar! Não podemos mais enxergar Deus cuspindo ódio soberano sobre humanos indefesos num encontro mortal de placas tectônicas, mas sim, enxergá-lo em cada debilitado que vence assombrosamente o tempo e sai, com vida, dos escombros. Precisamos ver Deus na vida, não no desespero teológico, fantasmagórico, das milhares de mortes. Não precisamos que pessoas morram para que nossa teologia se fortaleça. Se nossa teologia se legitima na desgraça dos outros, não é teologia, é sadismo.


É preciso destruir a teologia da confusão. Confundir a justiça de Deus com vinganças rasteiras de seres "humanos" mesquinhos em seu fundamentalismo alienante é subestimar o caráter de Deus. Confundir o desastre haitiano com "julgamento" divino por causa da religiosidade (leia-se expressão religiosa) é abortar o amor - e com isso - o próprio ser de Deus, pois a Bíblia afirma que "Deus é amor" (I Jo. 4. 8). Con-fundir Deus com a teologia da igreja é o cúmulo da pretensão. É a ignorância institucional.


Nossa teologia não define Deus: define o que pensamos (e queremos desesperadamente que seja verdade) sobre Deus. Uma teologia burocratizada e neurotizante tenta esboçar um Deus "amoroso" apenas enquanto andamos sob suas rédeas. Aliás, rédeas que a própria igreja (sempre a instituição) faz questão de inventar e fornecer. Daí vem nossa monstruosa incapacidade para lidar com quem falha, erra, fracassa, perde, peca, pisa na bola; com os hereges, os oprimidos, os desajustados, os falsos, os impostores. Fica absurdamente difícil colocar no mesmo abraço o Deus da teologia sufocante da igreja com a liberdade intrigante dos homens. O Éden ainda é um passeio distante. É nosso insistente problema com a graça.


Depois do Haiti, Deus não pode mais ser teologizado na masmorra da verborragia. Ou Deus é encarnado nas fúrias da vida, ou não é Deus (pelo menos, não é o bíblico). Não podemos mais nos satisfazer em pregar sermões belíssimos de uma oratória sem desdobramentos práticos, nos púlpitos confortáveis de nossas catedrais. É preciso sujar os pés nos escombros da história. Já não se trata de teologia, mas de pedagogia! É aprender de Deus, com os filhos de Deus, no mundo de Deus.


É preciso olhar por uma outra teologia: talvez uma ecoteologia. É a luta pela preservação do meio ambiente (luta que o "mundo" já faz). É a prevenção das tragédias. A minimização do que, às vezes, é inevitável. É enxergar Deus não apenas evitando o inevitável, em suas demonstrações abusivas de poder, mas ajudando-nos no esforço humano das re-construções, demonstrando seu amor. Ecoteologia é o não-desperdício da água e dos outros recursos naturais. É a denúncia furiosa do consumismo e do materialismo. A denúncia da corrupção. Da maldição do plástico nos rios e mares.


Que fique sob os escombros do Haiti todas as (des)construções teológicas de um Deus tirano, cruel, vingativo, mesquinho e burocrata. Que fique sob os escombros do Haiti toda a hipocrisia dos que se dizem cristãos mas não querem ter o coração do Cristo. Que fique no passado aquela teologia maldosa (via Pat Robertson) que descaracteriza o rosto belo de Deus, aquele que Zilda Arns mostrou tão bem.


O futuro é agora.

Até mais...


Alan Brizotti

23.1.10

"Caçadores de profetas"



L. Rogério

Sempre achava estranho quando o Alan respondia minhas perguntas intrigantes com outras mais intrigantes ainda. A princípio achava que isso era mesmo coisa de filósofo. Porém, convivendo com meu amigo, percebi sua ojeriza pela resposta pronta e entendi o porquê. A resposta cessa a beleza do descobrir, da possibilidade, dessa força que nos impulsiona em busca de respostas. Um paradoxo maravilhoso que nos liberta mais e mais a cada dia.

Contudo, a palavra "mistério" tem se tornado uma obsessão na vida de alguns crentes. Quanto mais "enrolado for o rôlo", quanto menos se entender e, às vezes, quanto mais estranho for o negócio, mais crentes são atraídos para as coisas encobertas. Aliás, "as coisas encobertas são para Deus" (Dt. 29.29) tornou-se a frase genérica que finaliza qualquer discussão - uma paulada na cabeça de qualquer aspirante a pensador.

"Eis que entrarei no seu plá plá plá... e vou fazer um reboliço no seu prô prô prô...".

Bom, além de não me informar absolutamente nada, essa frase ainda tem uma conotação péssima! (rs) Ela não é invenção minha, confesso. Escuto essa piada desde que era menino. Mas a verdade é que existe um grupo de pessoas que não tem a menor paciência para conviver com Deus e ir, aos poucos, descobrindo a revelação de seus mistérios. Mas antes que meus "amigos do manto" me crucifiquem, quero trazer à memória algumas vezes que o Senhor falou comigo no meio do fogo (rs).

Eu era um adolescente que acabara de ganhar a oportunidade de trabalhar pela primeira vez. O profeta, usado poderosamente por Deus, me dissera de forma muito clara que eu teria uma sala, um computador e uma mesa. Minha fé, que na época ainda vivia de fraldas, não suportou tamanha revelação. "Um office-boy com tudo isso? Sei..." Para minha surpresa, alguns meses depois eu já tinha tudo o que o "homi-di-Deus" tinha visto. Cerca de dois anos depois e eu era Administrador de Redes. Foi quando outra profeta disse que eu deveria preparar as malas, pois faria uma viagem. Ela ainda disse que via um grande número 3 na minha frente. Alguns meses depois e eu fazia minha primeira viagem de negócios, embarcando no portão 3. Pra resumir, foi assim com a viagem internacional, o sequestro e tantas outras vezes que meu coração necessitou de alívio, minha alma de paz e minha mente de um direcionamento.

Porém, percebi que conforme fui crescendo, estudando a Palavra e tendo minhas próprias experiências com Deus, as manifestações proféticas ficaram cada vez mais escassas. Entendo que quando eu era menino, precisava de leite (I Co. 13.11). E eis aí o cerne do problema de muitos cristãos.

Por vivermos o "fast-food da fé, onde tudo já vem pronto, mastigado" (Alan Brizotti), não temos mais paciência de cultivar uma verdadeira amizade com Deus. O Senhor Jesus disse que se fizéssemos Sua vontade, seríamos Seus amigos (Jo. 15.14). Nos esquecemos, porém, que mesmo uma amizade genuína é marcada algumas vezes por desentendimentos, frustrações, distanciamentos e até mesmo segredos não revelados.

É aqui onde percebo a beleza da amizade com Deus. Quando o Senhor apareceu a Jó, não lhe deu explicações sobre sua desgraça repentina, muito menos revelou Seus mistérios mais profundos. Não obstante, Jó se levanta das cinzas dizendo: "Meus ouvidos já tinham ouvido a Teu respeito, mas agora os meus olhos te viram" (Jó. 42.5).

Sinceramente? Alguns dias tenho vontade de gritar da janela da sala (onde costumo falar com Deus pelas madrugadas) e dizer-lhe que estou farto de tanto mistério! Que a minha vida não faz o menor sentido. Outros dias, porém, e esses são mais frequentes (graças a Deus), digo-lhe com satisfação que embora não O entenda, continuo fascinado por Sua forma de trabalhar.

Não, amigo leitor, eu não tive respostas às minhas perguntas mais intrigantes. Também não tive nenhuma visão a cerca do meu ministério. Deus não me deu sonhos. Faz tempo que não ouço uma profecia. Já faz tempo que o mistério não é revelado. Porém, minha busca por Deus está cada vez mais emocionante. Sinto que quando abro uma porta desconhecida de minha fé, surgem novos questionamentos, mais trabalho pela frente, mais estudo da Palavra... E glória a Deus por isso!

Conselho de amigo - não busque respostas às suas perguntas. Respostas encerram histórias. Tal como aquele alpinista que chega ao topo do monte mais desafiador e ao fincar ali sua bandeira, grita: "Uhuuu... consegui!" - olha pra um lado, olha pra outro, respira fundo... a adrenalina acaba, ele tira a bandeira e volta pra casa. Com Deus, nunca chegarei ao pico. Ele sempre me levará cada vez mais alto. E mesmo que cada vez mais me falte o ar, tenho uma certeza: estou no caminho certo!


Um abraço sem mistério,


L. Rogério




***

21.1.10

De um lado esse carnaval... de outro a fome total!




Por Leonardo Gonçalves


Vão dizer que eu surtei! Que agora virei herege com H maiúsculo! Quer saber? Pouco me importa; já não ligo para a opinião do gueto gospel. Quem prega a doutrinação burra de uma salvação metafísica sem solução prática, vendendo indulgência aos cristãos do mesmo modo que a Igreja Católica fez na idade média, não é digno de opinar sobre este tema.

Estou cheio do futurismo apocalíptico da geração gospel que distorce as palavras de Jesus e seus apóstolos, e faz da promessa de morar no céu uma justificativa para não mover uma palha em prol do próximo aqui na terra!

Há tempo não sou edificado ouvindo gospel, mas hoje chorei ao ouvir o Hebert Vianna cantando A Novidade! Chorei, senti Deus e senti tristeza ao meditar na letra "inspirada" da Novidade... O paradoxo estendido na areia. A igreja cala... As pedras clamam!

A grande novidade - esta sim é verdadeira heresia – vem disfarçada de evangelho, é pregada por homens legalistas que atribuem tudo ao demônio. Aliás, quase tudo: A avareza, pecado largamente condenado pela Bíblia, passa despercebida na análise destes imperadores de igrejas, capatazes do Vã-gelho.

Trízimos, ofertas de 900 reais, sacrifícios financeiros, tudo isto é cobrado do gado marcado que marcha ao som de um shofar qualquer, MADE in BH! “É para ajudar a obra!”, eles dizem. Mas veja você mesmo que tipo de obra estes homens estão fazendo:





[Foto: uma das mansões do bispo Edir Macedo, dono da IURD]










[Foto 2: King Air 350, avião particular do RR Soares e Renê Terra Nova]




Enquanto isso, as crianças do Haiti comem bolacha feita de terra! Enquanto Renê Terra Nova e RR Soares viajam de avião pelo Brasil, centenas de meninos são escravizados pela FARC na Colômbia, seqüestrados pelos guerrilheiros no Congo, vitimados pela religiosidade gospel na Nigéria, catam lixo pra comer no Rio de Janeiro, são aprisionados em contêineres na Eritréia, se prostituem ou passam fome nos assentamentos em Piura – Peru.





Oh, mundo tão desigual... Tudo é tão desigual... Ohohohoh...
De um lado este carnaval... do outro a fome total... Ohohohoh...

Dessa espiritualidade cega, surda e muda eu estou cansado. Esta religiosidade “gospel” que não estende a mão, que não se importa com os oprimidos, que não se alia aos menos favorecidos, que não socorre os doentes, e ainda por cima prega essa maldita teologia do umbigo, desta religião movida a pão e circo, suor e água benta, eu estou farto! Já me curei dessa doença...


Mas quero dizer que apesar das duras críticas recebidas ao longo de 2009, ainda amo essa gente gospel! Ainda amo essa gente que pensa que se diverte com ópio! Essa galera que paga caro pra ter prosperidade, e quando descobre que foi terrivelmente lesada pelos marajás do E-Vã-Gelho, ficam perdidos... finalmente entendem que foram traídos, e quão solitário é este sofrimento! É quando os irmãos de fé viram as costas, e os amigos de “caminhada” te deixam jogado, ferido, e o que era um sonho se transforma em decepção.


A novidade que seria um sonho... O milagre risonho da sereia...
Virava um pesadelo tão medonho... Ali naquela praia, ali naquela areia!

Sim, eu amo o gospel! Mas me oponho veementemente a quase tudo que dele provém. Já não aceito nenhuma proposta cristã que não seja integral, que não se assemelhe à conduta ministerial de Jesus, nem seja movida pela mesma motivação. Jesus salvava a alma e alimentava o corpo. "Dai-lhes vós de comer!". Deixe de alimentar esses profeteiros ordinários, e invista seus recursos na verdadeira obra de Deus!

Mas o que me deixa mais triste é a certeza que os “crentes gospel” vão me criticar porque eu ouço música secular! Sim, porque com certeza eu vou para o inferno por curtir Hebert Vianna, e quando a morte me arrastar para as mansões inferiores, ainda serei martirizado com a visão de uma multidão Vã-gélica, sendo levada ao céu, abraçada pelos anjos de Gizuz, afinal, eles tiveram fé para comprar a tal bíblia de 900 reais, ofertando para o mini-histério do Silas Malafaia e Morris Cerullo!

Ora, francamente! Vão ler a bíblia, crentes-gospel, e aprendam o que significam as palavras de Jesus: "MISERICÓRDIA quero; e não SACRIFÍCIO"!




***
Comentou Leonardo Gonçalves, no dia do seu aniversário, no Púlpito Cristão


[*] Notas:


1. O vídeo sobre a fome no Haiti é antigo, mas não obsoleto. O Haiti continua sendo um país miserável, e agora após o terremoto então, acho que nem a palavra "miserável" se torna a mais adequada ao atual momento-.


2. A palavra "gospel" é empregada no texto com conotação pejorativa e irônica. Ela não é tomada literalmente segundo o seu significado (evangelho), mas no sentido popular - conforme vem sendo usada no brasil. Não há nenhuma intenção de debochar do evangelho, nem dos evangélicos sérios. A crítica se dirigem aos falsos profetas que se fazem passar por servos de Deus, e também aos seus seguidores.


3. O vídeo dos Paralamas é um presente aos ouvidos santos dos leitores do blog. Há uma versão no youtube com a participação dos Titãs, que é muito bonita, mas não possui código de incorporação.

Terremoto no Haiti e a letargia cristã



Por Leonardo Gonçalves





Eu estava na cozinha preparando um “sudado de mero no molho de cerveja”, quando meu sogro nos deu a notícia da tragédia no Haiti. O catastrófico terremoto de 7 pontos na escala Richter deixou milhares de vítimas no país mais pobre da América. Um hospital, a sede da força de paz da ONU e o palácio presidencial foram parcialmente destruídos. “È uma grande catástrofe”, disse o embaixador haitiano, que pediu ajuda internacional para minimizar os danos.

Lembrei que em 2008 conheci uma vocacionada que estava muito feliz em servir como missionária no Haiti. Passaram dois anos e não tive mais contato pessoal com ela, mas soube por terceiros que conseguiu ajuda financeira para realizar sua missão. Só não sei em que cidade ela está (mas acho que isso não faz tanta diferença, uma vez que o país é uma pequena faixa numa pequena ilha, e dificilmente alguma porção de terra não tenha sido atingida).

Pensei nas postagens de fim de ano, quando comentei acerca da miséria neste país, e do texto do amigo Márcio de Souza, no qual ele fala dos paupérrimos biscoitos de barro, que tapeiam a fome de milhares de miseráveis haitianos. Os documentários que vi, embora não ofereçam um completo panorama histórico, nos permitem vislumbrar a gritante necessidade daquela gente. São 10 milhões de pessoas, a maioria vivendo em condições subumanas, volta e meia se organizando em conflitos e revoltas que a nada conduzem.

Me entristeceu o fato de que, passado o calor das notícias, o mundo esquecerá novamente os habitantes da ilha, e novamente dará as costas ao povo haitiano. Senti cólera ao pensar nos pastores que encontram neste trágico episódio apenas uma ilustração para o sermão de domingo, que certamente versará sobre o juízo de Deus sobre as nações ímpias. Me irritei com o fato de estar desfrutando um saborosíssimo peixe sudado em salsa de cerveja, enquanto uma multidão de gente permanece soterrada. “Tentei chorar, e não consegui”, exclamou o poeta Renato no final da música Índios. Agora entendo exatamente o significado de cada letra desta frase.

Jesus aclarou que o aumento da impiedade resultaria em frieza de coração. E tantas são as catástrofes, e tamanha é a opressão, e na mesma proporção o abandono e a violência, que acabamos por nos transformar em máquinas sem coração. O clamor do aflito não perturba mais, pouco importa se há um menino dormindo debaixo de viaduto no Rio, ou se no lar do sertanejo se come pirão d’água, e não ligamos se em algum lugar uma garotinha é vítima de incesto.

Leio a notícia da grande tragédia no Haiti, e aos poucos percebo que ela não é tão maior que a nossa tragédia cotidiana, de se esforçar ao máximo para ser aquilo que não somos. “Grande é esse mistério. Digo-o, porém, por causa de Cristo e da igreja”. Se a igreja denominacional é a representação fiel do corpo de Cristo e seus agentes no mundo, então sinto muito, mas Ele anda muito mal representado!

Espero que Cristo salve os haitianos. E oro para que com eles, nos salve também, pois cada vez mais estou convicto de que Jesus precisa salvar os evangélicos.


***
Postou Leonardo Gonçalves, no Púlpito Cristão


20.1.10

"15 passos" sobre como montar uma igreja baseada na Teologia da Prosperidade, enganar os ingênuos, os ambiciosos e corruptos e ainda ficar rico!


Manual para montar uma igreja:

Matéria retirada da internet no site Yahoo!”“


Qualquer semelhança é pura coincidência.


Não me responsabilizo pelo texto abaixo.

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Ok, vamos aos 15 passos:

1. Congregue em uma já existente. Toda igreja crente tem na sua origem um cisma. Então siga a tradição.

2. Brigue com o pastor. Isso é essencial! Isso vai fazer com que você tenha mais raiva ainda e vontade de ter a sua própria igreja!! De quebra, tente já levar com você algumas pessoas para iniciar o seu plantel de fiéis.

3. Escolha um dos 6000 modelos de inspiração do "espírito santo" disponíveis no Brasil. Claro, se há cerca de 6000 denominações evangélicas, todas inspiradas pelo "espírito", ele deve ter umas 6000 opiniões diferentes sobre os mais diversos assuntos... (note-se "espírito santo" em minúsculas. Não blasfemei...)

4. Alugue um salão, uma portinha. Se tiver mais grana, um cinema abandonado e de uma boa reforma. Cadeiras, palco e púlpito são essenciais! Pinte o teto de azul e coloque umas nuvenzinhas, assim quando os fiéis olharem para cima exclamarão: "Oh! O pastor me trouxe mais próxima do céu!". Sistema de som, quanto mais alto melhor! Não importam os vizinhos!

5. Compre muitos ternos e gel para cabelo! Pastor sem terno e sem gel não é pastor!

6. Na prefeitura, peça isenções de impostos e taxas, mas lembre-se: vai precisar de um contador!

7. Escolha um nome. Tudo bem, está cada vez mais difícil escolher um, já é mais de 6000 registrados, mas use a imaginação. Igreja do Cuspe de Cristo e Igreja da Sandália Divina já existe. Esqueça-os!

8. Tenha uma equipe de dízimo afiada e nota dez! A arrecadação é fundamental. Lembre-se: mínimo de 10%! Quanto mais $$ , mais bênçãos!

9. Compre anapion! Sua garganta vai precisar, pois normalmente pastores gritam muito, ou que seu plano de saúde cubra um bom laringologista.

10. Coloque faixas para atrair o público. Vale termos como: "Grande concentração de milagres!", "Uma benção espera por você!", "Desconto de 10% no dízimo!", e por aí vai.

11. Quando a igreja começar a crescer, não se esqueça dos obreiros! São abnegados e trabalham gratuitamente, mas não se esqueça do plano de carreira!

12. O plano de carreira é importantíssimo! Senão eles brigam com você e fundam outra igreja.

13. Coloque coisas do tipo: sabonete de descarrego, benção dos 9752,987 pastores, corredor dos milagres etc. Algumas igrejas até utilizam albas próprias de sacerdotes católicos. Vale tudo para ter fiéis, afinal, o que é uma incoerênciazinha ou desobediênciazinha aqui ou ali?

14. Eleja uma inimiga. No caso a Igreja Católica. Use sempre o mesmo discurso pega-trouxa: idolatria, Maria, Santos, Eucaristia etc. Repita-os à exaustão. Depois você se vê com Deus...

15. Teologia da prosperidade: rico é abençoado, pobre é maldito e filantropia para dar um tchãn social, fica bem na fita! Ah! Vida abençoada é aquela que tem dinheiro, o resto não importa só o dinheiro! (idolatria?)

Muito bem!
Agora você já tem sua própria igreja! É só curtir a vida que a galera vai pagar a gasolina da sua BMW recém-adquirida!
Só não marque bobeira de ficar carregando por aí maleta de dinheiro em notas com seqüências e dizer que é do dízimo arrecadado na igreja!

Fonte: http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=forum&board=teologia&op=display&num=3584  

19.1.10

O silêncio dos conscientes



Diante das tragédias, sobretudo aquelas que nos tocam, oscilamos entre explicar e chorar. Explicar quase sempre é culpar.

Chorar é para quem sente a dor do outro, mesmo que distante, como sendo a sua. Nem todos choram. Só os que não bastam em si mesmos.

Depois do choro, que venha o silêncio. Não o silêncio não dos indiferentes, mas dos que se importam.

É o silêncio de quem está ocupado, fazendo o que podem para colher as lágrimas, alimentar, vestir ou ou levantar os que sofrem.

É o silêncio dos que têm coragem de calar diante do que não devem explicar.

Israel Belo de Azevedo (Título original: Coragem de calar)

O evangelismo moderno tem deturpado Romanos 10.9 e, por causa disso, almas tem sido enganadas e transformadas em números.

Romanos 10:9 A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

18.1.10

Cresceram Em Tudo Menos Na Fé


Houve de fato um crescimento vertiginoso nesses últimos dias dos evangélicos no Brasil. Estão crescendo em muitas coisas; na política (quando se trata de interesses de uma tribo partidária eclesiástica), no entretenimento(nas grandes apresentações teatrais de pregadores e cantores show man), nas projeções arquitetônicas de suas catedrais, nos supostos milagres(aliás "milagres" tornaram-se coisas rotineiras), nos status sociais, econômicos e também em índices alarmantes de modismos doutrinários, todos com roupas velhas do novo evangelho segundo escreveram e escrevem os falsários apóstolos do Brasil.


Porém, aconteceu uma desproporcionalidade de crescimentos. Se por um lado cresceram em tudo isso e todos os meios e fins, por um outro cresceram também na insanidade e insensatez dos sentidos(percepção) em todos os sentidos.


Junto com todo esse crescimento, os joios dos idealismos humanos crescem na mesma medida. Charles Colson em seu livro "E agora, como viveremos?" definiu essas expansões como cosmovisões conflitando-se com ideais do Verdadeiro Evangelho de Cristo. Desses joios crescentes destacam-se:


O relativismo ético que constroem-se numa cadeia de subjetividades de preferências pessoais no quais afirmam que todos podem constituir suas próprias moralidades desde que sejam politicamente correto não importando se isso corrobora Verdades eternas e inquestionáveis.


O multiculturalismo que define todas as culturas igrejeiras como moralmente equivalentes, donde são tendências desse inchaço multi-igreja e que as identidades do seu próprio grupo ou umbigo eclesial estão profundamente enraizadas nesse "caldo" cultural e pós-moderno. Cada uma refletindo suas próprias experiências espirituosas e assim formando uma grande "nação" evangélica.


O aparecimento do Golias do momento. O pragmatismo da fé. O que funcionar como melhor praticidade é o certo. Todas as ações e métodos são julgados sob uma base utilitária. O crescimento se agiganta em escala de malucos que usam e abusam de tal prática avolumando numa quantidade de incautos. Vai desde o copo com água as águas ungidas...dos rituais aos despachos...Da perfumada rosa ao sal grosso...Do soprar no microfone ao corpos no chão...Do louvorzão tira o pé do chão ao louvor passos de leão.


E ainda podemos ressaltar o crescimento da utopia paradisíaca evangélica, fermentada pelos propagadores da prosperidade. Criando em mentes suas estruturas econômicas perfeitas. Uma riqueza sedimentada pela natureza terrena e diabólica em detrimento dos ímpares celestiais...Nunca em tão pouco tempo o desejo do povo evangélico se voltaram para os projetos utópicos dessa vida..."Se esperarmos em Cristo somente nessa vida, isso é o que nos basta..." Essa é a bíblia do momento.


Como podemos observar, cresceram em tudo menos na fé. O tratamento a cada um desses doentes causado por essa barriga-dágua religiosa a essa hidropsia da fé é o conselho de Paulo aos coríntios..." Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais", ora tal distrofia e raquítico crescimento estará sob os regimes e bulas papais dos donos das "igrejas" no Brasil que passam ao povo um conjunto de rudimentos do mundo. E bota mundo nisso!
" Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo" Gal 4.1,2


Os tais que assim demonstram prazer nesse marionetismo de fé nunca chegarão a uma fé sólida e consistente...Ainda que passem sobre todos os rigorosos exames da igreja como instituição ainda assim não passarão de meninos imaturos... " Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança.Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal." Aos Hebreus


Quem está apto para discernir isso, que aperceba-se dessa verdade atual.


Com Amor,


Mário Celso


Igrejas Politicamente Corretas


Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Ap 3.16





Já esteve numa igreja morna? Aquela que aceita pentecostais, ortodoxos, neopentecostais e tudo mais num balaio de gato onde cada um crê no que prefere? É horrível. Igrejas desse tipo são mornas pois não assumem compromisso com a Bíblia, para elas o que importa é fazer uma boa política na igreja.

Sou batista ortodoxo e não abro mão, assim como penso que os irmãos pentecostais têm direito a suas convicções. A igreja não é uma instituição “politicamente correta” segundo uma política mundana e permissiva, mas quando seguimos fielmente a Palavra de Deus e tomamos partido seriamente de seus mandamentos estudando-os e ensinando-os sem abrir mão da fé em Cristo, somos muito mais democráticos do que aqueles que se dizem liberais mas que prendem outros a seus “conceitos superiores e mais esclarecidos”. Uma igreja que é dirigida como foco político caminha para a apostasia. É isso que o Diabo quer: que abramos mão de nossas convicções individuais e distintivas por que depois disso será fácil abrir mão da Bíblia Sagrada e mesmo da Fé.

Denominações que adotaram este estilo “politicamente correto” já ignoram totalmente, em outros países, vários mandamentos bíblicos fazendo inclusive casamentos entre pessoas de mesmo sexo, afinal isso é “politicamente correto”, esquecendo que para o apóstolo Paulo, em Romanos 1, isto é torpeza e abominável a Deus.

“Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (Mc 13.14). Penso que esse versículo se aplica à igreja apóstata também, não só à diáspora judaica. Onde que o Diabo não deve estar? Na igreja, mas ele tem se infiltrado de forma sutil e sedutora que muitas denominações históricas nem se dão conta de seus erros e continuam caminhando para a apostasia, entronizando o Diabo “politicamente correto” em seus cultos e estudos, e abandonando qualquer compromisso sério e que tenha um custo social alto demais para aqueles de fé fraca.

Lembremos de Moisés, Elias, Jeremias, João Batista, profetas que não tinham nada de “politicamente correto” mas que foram fiéis a Deus. O próprio Jesus não foi “politicamente correto”, tanto que o mataram. Ser biblicamente fiel é o oposto da politicagem mundana e isso custa caro aos crentes fiéis.

E aí? Quer servir a Deus de verdade ou prefere a politica religiosa apóstata da atualidade? A escolha é sua.


17.1.10

Além de orar, saiba como você pode ajudar ainda mais, as vítimas do Terremoto no HAITI


Mexa-se, saiba como ajudar as vítimas do terremoto no Haiti

Há diversas formas de ajudar as vítimas do terremoto no Haiti, não somente com oração

Além de orar, mobilize-se, pois há diversas vítimas do terremoto precisando de ajuda. A situação no Haiti é catastrófica e está além do que os jornais e as câmeras da TV podem mostrar.

Cuidado com sites não confiáveis que podem passar dados de conta corrente para depósito, mas na verdade não passa de estelionato.

Seguem os dados de contas confiáveis para depósito e transferências em dinheiro para ajudar as referidas vítimas:


Podem ser feitos depósitos ou transferências de qualquer banco e até mesmo de fora do Brasil para a conta corrente.
Nome: Embaixada da República do Haiti
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1606-3
CC: 91000-7
CNPJ: 04170237/0001-71

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) também recebe doações só em dinheiro. Segundo Silvia Backes, coordenadora do CICV no Brasil, a entidade não recebe outros tipos de doações, como roupas, devido à dificuldade de enviá-las ao país. Ela diz que há uma equipe de ajuda emergencial da Cruz Vermelha saindo de Genebra com toneladas de doações e com equipes de médicos.
Nome: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Banco: HSBC
Agência: 1276
CC: 14526-84
CNPJ: 04359688/0001-51

O Movimento Viva Rio informou que abriu uma conta para receber doações que serão usadas para compra de alimentos, água e medicamentos.
Presente desde 2004 no Haiti, o Viva Rio mantém uma equipe de mais de 400 pessoas trabalhando nos projetos, sendo nove brasileiros. Doações podem ser feitas na conta:
Nome: Movimento Viva Rio
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1769-8
CC: 5113-6
CNPJ: 00343941/0001-28

O músico haitiano Wyclef Jean recebe doações para ajudar as vítimas do terremoto por meio de sua ONG, a Yelé Haiti. Para doar, acesse o site http://www.yele.org/ , clique em ?Donate?, escolha o valor da doação e forneça os dados do seu cartão de crédito.

Informações sobre cidadãos brasileiros no Haiti podem ser obtidas no Núcleo de Assistência a Brasileiros do Itamaraty, nos telefones abaixo:
(61) 3411-8803
(61) 3411-8805
(61) 3411-8808
(61) 3411-8817
(61) 3411-9718
(61) 8197-2284

?E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,
E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.? ? Tiago 2:15-17?

Rodrigo Ribeiro, Redacao OGalileo

15.1.10

O bem que a Graça faz a Deus


Hermes Fernandes

Você já parou pra pensar no bem que a graça faz ao próprio Deus?


Para entender isso, precisamos antes compreender o mal que nosso pecado Lhe faz. Veja o que o próprio Deus diz por intermédio de Isaías:


“...me deste trabalho com os teus pecados, e me cansaste com as tuas iniqüidades” (Is.43:24b).


O pecado trouxe discórdia entre o homem e Deus, e afetou toda a criação. Para resolvê-lo, Deus teve que Se fazer um de nós, e arcar com as suas conseqüências. O que para nós é pura gratuidade, para Ele custou caríssimo. Portanto, não se trata de uma Graça barata.


Na seqüência da passagem, Ele diz:


“ Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro. Procura lembrar-me, entremos juntos em juízo; apresenta as tuas razões, para que te possas justificar” (vv.25-26).


Ao assumir nosso lugar na Cruz, Ele passou uma borracha em todos os nossos pecados. E isso, não apenas por amor a nós, mas também por amor a Si mesmo. Ele não queria ter que carregar o peso dos nossos pecados em Sua lembrança para sempre. E ele nos desafia: “Procura lembrar-me...”


Em outra passagem, Ele afirma:


“Desfiz as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem. Torna-te para mim, pois eu te remi” (Is. 44:22).


Não há quem possa refazer o que Deus desfez. Os arquivos celestes foram totalmente deletados. E não há hacker que consiga recuperá-los. Não há backups! Perderam-se para sempre.


E se tentarmos tocar no assunto, Ele dirá: Não sei do que você está falando!


Para Deus, perdoar é esquecer: “Pois lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados” (Jr. 31:34b).


É isso que a graça faz! Apaga totalmente nosso passado, zera nossa quilometragem.


Desde o momento em que somos regenerados, os erros cometidos em nossa ignorância já não são levados em conta (At.17:30). Não interessa o quão terríveis tenham sido nossos pecados lá trás. Acabou! Já não se ouve seu eco.


Se puxarmos nossa ficha celestial, leremos: NADA CONSTA!


Mas é aí que entra em cena o acusador de nossas almas. Ele já não nos pode acusar diante de Deus, como fazia até antes da Cruz. Porém, sabe como nos acusar perante o tribunal de nossa consciência.


Sobre isso, João diz em sua epístola: “Se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas” (1 Jo.3:20).


Não importa a sentença proferida por nosso coração. Maior é Deus em cuja Palavra se diz que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm.8:1). Prefiro crer no que diz a Palavra do que no que diz o meu coração, sempre enganoso e incorrigível (Jr.17:9).


O problema é que Satanás tem seus mensageiros. Pessoas estrategicamente enviadas para nos relembrar o passado. Esses acham que podem curar a amnésia voluntária de Deus. Estão tentando ocupar o antigo emprego de Satanás na promotoria celeste.


Paulo teve que lidar com o tal mensageiro de Satanás, que vinha esbofeteá-lo, isto é, jogar na cara o seu passado. Depois de orar com insistência para que Deus lhe removesse aquele espinho na carne, o apóstolo ouviu dos lábios do Senhor: “A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co.12:9).


A resposta é sempre a mesma: A GRAÇA!


Não temos que recorrer a sessões de CURA INTERIOR, nem nos submeter à manipulação psicológica. Nada de REGRESSÃO!


Submeter o povo de Deus a isso é o mesmo que tentar ressuscitar o velho homem. Sem contar que é um insulto ao Espírito da Graça. Um ultraje ao Sangue precioso do Cordeiro de Deus.


Infelizmente, há muitos ministérios em nossos dias que são verdadeiros ministérios de condenação. Descobriram que as pessoas são ingênuas, e quanto mais as mantiverem sob o peso da culpa, mais facilmente as manipularão.


Estão ensinando que as pessoas precisam relembrar pecados cometidos até na infância, para que sejam perdoadas e curadas. Isto é um absurdo, e um crime contra o rebanho de Deus.


Somos novas criaturas! Coisas velhas já passaram, e tudo se fez novo! (2 Co.5:17).


Só avançaremos à medida que deixarmos para trás as coisas que para trás ficam (Fl.3:13). Deus não tem prazer em quem retrocede (Hb. 10:38-39).


E mais:


Que história é essa de que temos que perdoar a Deus? Deixa disso, para com isso...
Deus jamais pecou! Quem precisa de perdão é quem peca.


Quem olha pra trás não é apto para o reino de Deus. A Graça nos convoca a focalizar naquilo que está diante de nós. Ela nos impulsiona para o futuro.


Relembrar o passado só faz distrair-nos do alvo.


Recuse-se a dar ouvidos a quem parece querer seu bem, mas no fundo, quer mesmo seus bens.


***
Hermes Fernandes é um dos mentores desta subversão aqui no Genizah

Fonte: http://www.genizahvirtual.com/2009/09/o-bem-que-graca-faz-deus.html